domingo, 27 de setembro de 2009

Blog Amigo da Educação


Ganhei esse selinho da querida Viviane Patrice do Viver e Educar com Arte http://vivianepatrice.blogspot.com/. Vale a pena conferir. Obrigada Vivi.

Momentos

A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. Paulo Freire



Betânia e Eu no Halloween do Zilah em 2008

Colegas queridos de trabalho no Zilah em 2008

Com a 8ª série do Luce em 2006

Halloween no Zilah em 2008

Bolinho para os professores no Zilah em 2008

Planet Idiomas em 2006

Com a turma da Infraero em 2009

Skill em 2007

Com minha amiga Fabiana na Escola Peter Pan em Vila Velha - ES em 1996

No EE Zilah em 2007

Luce 2006


EE Elmano Ferreira Veloso em 2006

sábado, 26 de setembro de 2009

Realidade nua e crua

Me deixa extremamente triste saber que somos vistos assim.

Selinhos

Olá pessoal! Esses dois selinhos são presentinhos da minha querida Géssica do Projetos e idéias . Kokadinha rsrs agora que entendi esse lance de selinhos. Obrigada, coração.

Presenteio esses blogs que são nota 10



Regulamento: 1) Indicar 10 blogs que mexem com o seu sentido

http://sabidinhosdaioio.blogspot.com/

http://nossosprojetoseideias.blogspot.com/









2) Diga 5 coisas que mexem com seu sentido neste momento

1- meus filhos
2- meu amor
3- meus queridos alunos
4- meu blog (estou adorando poder colocar tudo que sinto enquanto professora e ser humano aqui)
5- minha cadelinha linda

3) Linkar quem te deu o selo e exibir no blog.

Ganhei o selinho da Géssica do http://nossosprojetoseideias.blogspot.com/


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Inversão de papéis


O que é a escola? Qual é o seu papel perante a sociedade? Educar. Educar no sentido de preparar os nossos jovens para a vida, seja ela profissional ou social. A escola tem o papel não somente de transmissão de conhecimentos como também desenvolvimento de capacidades cognitivas, afetivas, relacionamento dentro da sociedade, ou seja, a escola participa ativamente na formação da identidade individual de cada um, ampliando conceitos transmitidos pela família. E qual o papel dos pais? Educar. Cabe aos pais proporcionar aos filhos a educação dentro do contexto familiar, transmitindo-lhes conceitos e valores. Infelizmente o que vemos nas escola é uma inversão de papéis. Os pais atribuem aos educadores a educação total dos seus filhos. É muita responsabilidade para um profissional só. Passei por dois momentos que me chocaram esta semana. Um deles foi uma mãe que foi na nossa escola falar sobre a filha. Queixou-se do seu péssimo comportamento em casa, contou todos os problemas que está enfrentando com os filhos, falou dos problemas de depressão do seu marido para poder chegar no que realmente a atormentava: sua filha, nossa aluna, do 2º ano do Ensino Médio. Conclusão: reclamações total acerca da filha. Atitudes e comportamentos que deixam a desejar dentro da sua própria casa. E eu me pergunto: O que nós temos com isso? Já tenho tantos problemas com meu filho caçula que, com apenas 7 anos, também me dá trabalho na escola. Levo o menino todas as semanas na psicopedagoga, passo todas as tardes lendo e fazendo atividades com ele e no meu papel como mãe, bolo mil maneiras de impor-lhe limites. Mesmo assim, me senti na obrigação de tentar ajudar de alguma forma aquela mãe. Lembro das palavras da minha colega de trabalho: "Eu não tenho nada com isso, cada um com seus problemas, coloca a menina pra trabalhar que resolve. Que mãe besta!". Pois é, seria muito fácil pensar assim, é fácil quando ainda não se é mãe. Minha colega não está errada, mas ainda acredito que possamos fazer alguma coisa. Um grande amigo meu, em uma de suas maravilhosas palestras, nos disse: "Devemos prestar mais atenção no que viemos fazer aqui. Professores, políticos, artistas, todos esses profissionais tem o dom da palavra e devemos usá-la para o bem." E assim eu fiz e faço. Elevo os meus pensamentos e peço ajuda para que saia da minha boca palavras que façam a diferença. Está tudo muito misturado nesse mundo! Até eu fico confusa com essa inversão de papéis, mas foi essa a profissão que escolhi, ou melhor, que foi escolhida pra mim, portanto, vamos lá. Força na peruca rsrs e mãos a obra. Ê coisinha difícil!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Rubem Alves


" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Carl Rogers


"Os educadores precisam compreender que ajudar as pessoas a se tornarem pessoas é muito mais importante do que ajudá-las a tornarem-se matemáticas, poliglotas ou coisa que o valha."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Butterflies


Acredito que inúmeras são as dores e dificuldades da nossa profissão, mas a dor maior que eu já senti durante esses quase 20 anos como professora, foi a dor da perda de pessoas queridas. Embora acredite que a morte seja apenas física, mesmo sabendo que estamos aqui de passagem, que a vida terrena não passa de uma escola, e que sempre chega a hora de voltarmos a pátria espiritual, pois aqui não é o nosso verdadeiro lar, eu ainda tenho algumas dificuldades para aceitar a morte. A primeira vez que lidei com a morte na escola, foi há bastante tempo atrás, logo no comecinho da minha carreira. Tarcísio era um menino muito levado, desses que nenhum professor aguenta. Estava na 6ª série, aprontava todas, não sossegava um segundo. Era aquele tipo de menino que nenhum professor esquece, de tão terrível que era. Numa sexta-feria, ele se despediu da gente. No final do período, ele simplesmente encheu os professores de bala e gritava no portão da escola: "Tchau gente! Adoro vocês!." E ele não voltou mais. O pequeno Tarcísio morreu em um acidente de carro. Lembro que eu não soube lidar com aquela notícia. "Como assim? Um aluno meu morto? Uma criança?." Foi uma confusão na escola. Tristeza geral com a ausência do Tarcísio. Tudo na escola me fazia lembrar do menino. A carteira onde ele sentava, os irmãos que ainda estudavam na escola, os amiguinhos, o seu jeito moleque de ser. Eu me perguntava: "O que eu poderia ter feito por ele?" Não tinha mais jeito, ele já havia partido. Bom, passaram-se os anos e estava tudo quase normal, quando de repente... Desta vez foi a linda Lívia. Lívia estudava na mesma sala do Tarcísio, só que agora ela estava na oitava série. Era uma menina doce, educada e marcou demais na minha vida. Me escrevia bilhetinhos, me tirou no amigo secreto e eu a tirei também. Lívia voltava de uma balada com os amiguinhos e seu carro bateu em uma árvore e pegou fogo. Ela não conseguiu se salvar, pois usava o cinto de segurança. Lívia morreu queimada. Eu fiquei questionando sobre a vida, sobre porque estávamos aqui. Como pode um menina tão linda e doce com apenas 14 anos, morrer desse jeito? Toda destruída? Não sei, só sei que pensei sinceramente que não fosse passar por isso novamente, mas aconteceu mais uma vez. Dessa vez, foi um menino doce, mas ao mesmo tempo, sabe aqueles alunos que nem abrem o caderno? Leandro era assim. Não fazia nada. Mas o que me incomodava era que ele andava muito calado, muito triste. Foi o ano inteiro assim e aquilo me intrigava demais. Todas as semanas quando eu ia para a sala dele, gostava de chegar perto dele e perguntar se estava bem, se queria conversar, o que o entristecia. Ele nada dizia, só a tristeza tomava conta do seu semblante. Até que, uma semana antes das aulas terminarem, em Dezembro de 2008, eu vi Leandro feliz como nunca o vira antes. Não esqueço o seu sorriso largo vindo até mim só para contar que estava namorando. Ele havia pedido em namoro uma fofinha da outra 8ª série. Veio me mostrar a aliança na mão e disse que havia feito o pedido para o pai da Carol. Lembro que eu disse pra ele: "Ahhhhhhhhhhh!!!! Que lindo!!!!!!!!!!!!! Cuida dela direitinho e namora direitinho porque ela é uma fofa, tá?" Ele só sabia sorrir. É a última lembrança que eu tenho dele. Algumas semanas mais tarde, estávamos na reunião de balanço de final de ano, quando veio a notícia da morte do Leandro. Eu não acreditei! Como pode? Ele passou o ano inteiro triste e agora que estava feliz ele se foi? A vida é mesmo um mistério. Ainda penso muito nele e sempre em minhas orações tenho o Leandro em minha mente, não só ele, mas também sua irmã Maria, uma fofa de menina. Resolvi postar esta mensagem em homenagem aos meus queridos que estarão pra sempre no meu coração. Não quero acreditar que eles se foram, mas prefiro pensar que eles somente saíram do casulo. São como as borboletas.

Que esse trecho da música "Someone saved my life tonight" de Elton John, seja uma homenagem as minhas queridas butterflies.

"You're a butterfly,
And butterflies are free to fly,
Fly away, high away bye bye."

domingo, 13 de setembro de 2009

Vida


Presente da nossa querida coordenadora e amiga Daniela aos professores da Escola Zilah Ferreira, onde eu trabalho. Mensagem maravilhosa aquecendo os corações do corpo docente da nossa escola. Vamos começar a olhar as pessoas mais profundamente, afinal de contas somos todos iguais. Como educadores, comecemos pelos nossos queridos alunos e quem sabe devagar, sem pressa, consigamos mudar um pouquinho o mundo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mas o que é a escola


Gostei muito deste texto de Gabriel Perissé e resolvi compartilhar aqui no blog.

A escola não é ilha isolada no oceano social. Não é lugar para guardar crianças, ou reformá-las, embora possa ajudar, orientar e até alimentar. A escola não é paraíso na terra. Nem o inferno entre nós. Nem o purgatório. A escola não está aí por acaso

Dizia-me uma professora nordestina, com muita experiência de vida e muito conhecimento da realidade: “A escola salvará a sociedade se a sociedade salvar a escola”.

Os professores, na escola, não são mágicos, não são heróis (embora heroísmo não falte a muitos deles), não são gênios (muito menos da lâmpada...), não são mercenários, não são santos, não são famosos, não são poucos, não são suficientes, não são muitos, não são o que pensamos que são.

Os professores são pessoas cuja profissão é ajudar na humanização de outras pessoas, os alunos. E que, por isso, devem ser tratados não como funcionários apenas, ou técnicos, ou “aplicadores” de conteúdos apostilados. Devem ser compreendidos e tratados como seres humanos livres, críticos e criativos. Como profissionais que ocupam um lugar único na vida social, profissionais de quem muito se espera.

Cabe aos professores avaliarem os alunos. Avaliação não é punição. Não é acusação. Não é vingança. Não é fatalismo. Não é perseguição. Não é condescendência, tampouco. Tampouco é um fechar os olhos para lacunas e preguiças.

Cabe aos pais acompanharem os filhos. Conversar com os filhos sobre a escola. Conversar com a escola sobre os filhos. Conversarem pai e mãe entre si sobre a escola que os filhos freqüentam. Seja escola pública ou privada.

Cabe aos alunos entenderem a escola. Cuidarem dela. Defendê-la. A escola não é apenas um espaço físico. A escola não é ponto de tráfico de drogas.

A escola não é a sede do tédio. A escola não é escola de samba. Não é apenas lugar de encontro. Mas o que é a escola mesmo?

A escola não é uma idéia vaga. Não é um lugar onde haja ou não vagas. A escola não é vagão de trem onde entramos e do qual saímos quando chega a próxima estação.

A escola não é a sua quadra de esportes (abandonada ou ampliada), não é um conjunto de salas de aula (sufocantes ou arejadas), não são suas paredes (sujas ou limpas), janelas (abertas ou fechadas), portas (com cadeados ou não), armários (vazios ou cheios), escadas (perigosas ou seguras), computadores (novos ou obsoletos), bibliotecas (reais ou fictícias).

A escola não é o que vemos.

A escola não é arquivo morto. A escola não é cabide de empregos. Não é moeda de troca política. Não é campo de batalha. Não é um curso de idiomas. Não é empresa competitiva. A escola não é clube, não é feira, não é igreja, não é partido.

Mas então o que é a escola? E sabe a escola nos dizer o que ela é, a que veio, para que existe? Alguém sabe?

A escola é um problema insolúvel.
A escola é uma probabilidade.
A escola é uma experiência.
A escola é uma esperança.



Assim é o meu País

Vivemos em um país simplesmente maravilhoso. Não temos vulcões, furacões, guerras. Podemos ouvir de pessoas do mundo inteiro do quanto somos amigos e hospitaleiros. Vivemos no melhor país do mundo e para completar: Deus também é brasileiro! São vários fatores ao nosso favor, mas e como anda a educação? Ah! A educação? Por que deveríamos nos preocupar com isso? Se dermos comida para encher a barriga do povo já está bom, não acham? Estudar pra que? Pra aprender a pensar? Não, o nosso povo não pode aprender a pensar. Imagina se todos pensassem! Infelizmente é assim que somos vistos por muitos dos grandes que nos governam. Só depois de certo tempo que percebi que esse povo que não pensa é a maioria em nosso país. E nós professores? O que estamos fazendo se "somos" aqueles que abrimos a mente do povo e o ajudamos a crescer? É tão difícil exercer esse papel. São tantas tentativas para tentar mudar o pensamento dos nossos alunos e são tantas também as nossas frustrações. Ao mesmo tempo que me emociono com a profissão que escolhi, principalmente quando vejo aquelas crianças se transformando em adultos críticos e que sabem o que querem, fico também arrasada quando percebo ainda na sala de aula, que não consegui em uma turma inteirinha, atingir o objetivo. Não é fácil ser professor na escola pública. Falamos que nossos alunos são todos iguais, não importa de que classe social, e isso é verdade, afinal de contas, todos são adolescentes em fase de transição. Família? Não importa se a criança é rica ou pobre, todos, sem exceções tem problemas. A única diferença que eu sinto, por ter vivido esses dois extremos, é que infelizmente, os nossos alunos, quase em sua totalidade, ainda não sabem o que vieram fazer na escola. E é nesse momento, que em nossos momentos de desabafo, falamos uns para os outros: Fulano não tem jeito mesmo, não tem futuro, pobre coitado! Você já conheceu os pais de fulaninho? O filho é igual! O que podemos esperar dele? Ah! Aquela sala é insuportável, não consigo trabalhar! Essa fala não é só minha, são desabafos meus e de meus colegas. E agora? De quem é a culpa? Da própria criança, que não quer saber de nada? Dos pais, que não dão apoio para o filho? Ou a culpa é mesmo do professor, que não tem domínio de sala e por causa disso não consegue ensinar? Acredito que nenhum de nós somos culpados e sim vítimas. Falamos de boca cheia que o nosso país é o melhor país do mundo, mas diante de tantas dores com a nossa profissão, o que devemos dizer? Ah! Já sei: SOMOS BRASILEIROS E NÃO DESISTIMOS NUNCA!